refluxo em cães

o refluxo gástrico é uma condição frequente em cães, mas que muitas vezes passa despercebida. quando se torna um problema crônico, ele pode levar a inflamações sérias no esôfago ou até mesmo a uma pneumonia. para entender como o refluxo funciona, é preciso saber o que ocorre durante a alimentação: um músculo em forma de […]

o refluxo gástrico é uma condição frequente em cães, mas que muitas vezes passa despercebida. quando se torna um problema crônico, ele pode levar a inflamações sérias no esôfago ou até mesmo a uma pneumonia. para entender como o refluxo funciona, é preciso saber o que ocorre durante a alimentação: um músculo em forma de anel, chamado esfíncter, localizado entre o esôfago e o estômago, se abre para a comida passar e depois se fecha. se esse músculo relaxa no momento errado, parte do conteúdo do estômago sobe de volta para o esôfago caracterizando o refluxo.

a causa mais comum para isso acontecer é a dilatação do esôfago, que pode ser provocada por inflamações ou simplesmente pela ingestão de comida em excesso. por essa razão, cães de raças pequenas são mais propensos ao problema, já que seus estômagos são menores. se um cão pequeno come mais do que deveria, seu corpo tenta expelir o excesso através do vômito ou da regurgitação, e essa repetição pode, com o tempo, enfraquecer o músculo do esfíncter.

outras origens para o refluxo incluem condições de nascença, lesões causadas por objetos engolidos, tumores ou hérnia de hiato. com tantas causas possíveis, é natural que o animal sinta desconforto. como os pets não conseguem nos dizer o que sentem, é fundamental que o tutor fique de olho em qualquer sinal diferente.alguns sintomas, como a perda de apetite, podem ser. vagos e não indicar claramente o refluxo. os riscos se tornam maiores quando a condição é constante, podendo evoluir para esofagite ou pneumonia por aspiração, que ocorre se o cão acidentalmente respira o alimento que retornou à garganta.

se o refluxo é apenas ocasional, os perigos são menores. o diagnóstico depende de descobrir a origem do problema. para isso, o veterinário fará uma entrevista com o tutor, um exame clínico e poderá solicitar exames de imagem, sendo a endoscopia um dos mais importantes na maioria das vezes. como esse procedimento exige anestesia, exames prévios são necessários para garantir a segurança do animal.

após a confirmação, o tratamento será definido com base na causa específica. em muitos casos, uma simples mudança na alimentação, oferecendo porções menores e mais adequadas ao porte do cão, já é o bastante para diminuir a frequência do refluxo. para problemas congênitos, uma. técnica é manter o pet em pé por cerca de 30 minutos após as refeições. além disso, existem medicamentos que o veterinário pode receitar para aliviar o mal-estar e as náuseas, ou para acelerar o esvaziamento do estômago, diminuindo as chances de a comida voltar.

portanto, seja por meio de um simples ajuste na alimentação, pelo uso de medicamentos ou por técnicas específicas de manejo, o tratamento do refluxo depende de um diagnóstico veterinário preciso, que começa com a observação atenta do tutor. compreender os sinais e buscar a solução correta não é apenas uma questão de saúde; é um ato de cuidado que garante o conforto e a qualidade de vida do seu companheiro, reforçando a confiança e o bem-estar que sustentam essa relação.

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